Podemos nós conhecer o futuro? Se eu pudesse predizer com segurança qual o cavalo vencedor na próxima corrida, ganharia um bom dinheiro. Sim, você poderia tornar-se milionário esta noite, se fosse capaz de predizer com segurança um feliz futuro a todos os que estão ansiosos e inseguros.
Harry Truman, quando ainda presidente dos EUA, disse aos estudantes numa solenidade de colação de grau:
“Eu gostaria de ser um colega vosso. Gostaria acima de tudo de estudar o que acontecerá ao mundo nos próximos cinqüenta anos. Eu não sei, mas estou profundamente preocupado. Gostaria de saber, porque tudo se nos apresenta em cores mui negras.”
Estou certo de que todos temos este desejo, mas não temos necessidade de obrigatoriamente estudar durante anos numa universidade para saber o que acontecerá no futuro. Todos concordamos em que algo está errado. A presente estrutura econômica, em virtude do nacionalismo egoísta e da avareza de homens e nações, ameaça lançar-nos numa catástrofe. No mundo social a corrupção ameaça a civilização cristã com a desintegração. O mundo político não está mais assentado sobre um barril de pólvora, mas sobre a bomba de hidrogênio que pode explodir a qualquer momento, pondo em perigo a sobrevivência de nossa civilização.
O povo de hoje está perguntando: Quem dominará o mundo? Serão os Estados Unidos, o Oriente, a Inglaterra ou a América Latina? Prevalecerá a democracia, ou a ditadura abrirá caminho? Que acontecerá no futuro? Extinguir-se-á a vida da superfície da Terra como resultado de outra guerra em que serão usadas armas atômicas?
Profecia e História
Prezados amigos, quantos gostariam de saber o que acontecerá ao mundo? Quantos gostariam de saber isto?
Eu não sei, e vocês também não sabem. Mas há alguém que sabe o futuro: o Criador do Universo. Pelas predições que Ele fez há mais de 2.500 anos, podemos saber o que aconteceu, e o que vai acontecer ao mundo nos séculos que ainda estão no futuro, até o fim de nosso tempo. Ele nos revelou com absoluta exatidão o que irá acontecer.
Que é profecia? Profecia é nada mais nada menos que a história do mundo claramente esboçada com antecedência por um Ente Todo-Sábio. Em outras palavras, história e profecia caminham de mãos dadas; são inseparáveis, porque a História sempre confirma a infalibilidade das antigas predições proféticas.
Quando eu era estudante, nosso professor de História sempre nos dizia: “Estudem História. Como líderes do mundo, devemos saber história melhor porque quanto mais estudarmos História, melhor poderemos guiar a humanidade no futuro rumo à paz e à felicidade, evitando assim desentendimentos, guerras e erros do passado.”
Mas eu concluí que meu professor estava errado em seu método de estudar História. Ele procurava interpretá-la com sua maneira humana e materialista de pensar, cheia de preconceitos e prevenções. Para se compreender História e sua verdadeira filosofia, bem como os futuros acontecimentos em relação à humanidade e aos propósitos finais do Criador para com nosso mundo, devemos estudar a História à luz das profecias. Não há nenhum evento significativo durante qualquer período da História do mundo que não tenha sido focalizado na profecia, para que se visse a Soberana mão do Todo-Poderoso nos negócios do mundo.
Hoje desejo estudar com vocês uma predição feita aproximadamente no ano 600 A. C., a qual esboça a história do mundo numa grande visão panorâmica de então até o presente. Suas previsões de eventos que estão mesmo diante de nós, terá para nós a maior importância hoje e em nossa vida futura.
O fato de que estamos estudando uma cadeia profética, que abrange vários milênios de História dá-nos absoluta segurança e confiança para crer que a parte ainda não cumprida também se cumprirá finalmente.
A Veracidade das Santas Escrituras
Na profecia temos uma prova da infalibilidade das Santas Escrituras. Talvez haja alguém que diga : “Não creio numa só palavra desse livro.”
Conta um evangelista um incidente que aconteceu alguns anos antes da Segunda Guerra Mundial, quando ele estava em Santiago, capital do Chile. Estava ele com alguns amigos que só falavam inglês, e palestravam enquanto aguardavam o início de uma parada militar.
Não demorou muito aproximou-se deles um distinto cavalheiro que lhes disse:
“Desculpe, senhores, mas ouvi que estão falando inglês. Sou estudante de engenharia na Universidade do Chile, e planejo ir aos Estados Unidos breve para continuar os estudos. Gostaria de tirar vantagem desta oportunidade para praticar inglês, se assim me permitem.”
– Como não ! disseram-lhe.
Ele se assentou com eles e começaram a falar sobre as condições do mundo. Ele cria que a humanidade, como resultado dos horrores da Primeira Guerra Mundial, havia aprendido a sua lição, e que não haveria mais guerras. Ainda mais, ele esperava, como resultado do fantástico avanço da Ciência, tal prosperidade econômica que a humanidade consequentemente esqueceria a corrida para os armamentos e as guerras. O evangelista procurou convencer o cidadão de que estava errado em sua interpretação da situação mundial.
Quando lhe disse que antigas predições revelavam exatamente o oposto do que ele cria, e que outra guerra poderia facilmente estourar, com acontecimentos ainda piores, ele disse :
– Isto não é verdade.
– Respondeu o evangelista:
– As Sagradas Escrituras predizem as condições futuras políticas, sociais e econômicas.
– Não creio numa só palavra da Bíblia — disse ele.
– Então, um pouco suspicaz, o evangelista lhe perguntou:
– Já leu alguma vez as Sagradas Escrituras’?
– Sim – foi a resposta.
– Já a leu inteira?
– Sim.
– Leu todo o livro do Apocalipse?
– Sim.
– Leu cada palavra ?
– Sim.
– Diga-me: Leu também todo o livro de S. Bartolomeu?
– Sim.
– Leu cada palavra do livro de S. Bartolomeu?
– Sim.
– Então lhe retruquei:
– Mas o livro de S. Bartolomeu não existe, meu amigo!
Vendo-se desmascarado, numa situação embaraçosa, ele os deixou apressado, sem dizer sequer até logo.
Há muitas pessoas hoje que discutem ou negam as profecias, não tendo lido sequer uma palavra delas. O único conhecimento que possuem foi em livros escritos por certos ateus ou agnósticos, baseados em falsas premissas. Não obstante, eles afirmam conhecer tudo acerca de antigos temas proféticos que jamais investigaram imparcialmente.
Dois professores de alemão na Universidade de Bonn, que alguns anos antes da Segunda Guerra Mundial decidiram levar o povo a rejeitar sua crença nas Sagradas Escrituras, e demonstrar que elas eram apenas uma coleção de mitos, arrazoavam eles que dentro de poucos anos ninguém creria nelas. Diziam um ao outro: “Vamos estudá-las com o objetivo de descobrir todos os seus erros. Então escreveremos um livro expondo esses erros, de maneira que o povo terá uma justa razão para rejeitar essa tolice.”
Eles começaram sua tarefa, mas que aconteceu? Quando completaram sua pesquisa, ficaram espantados ao verificar que a Santa Bíblia era consistente, lógica e um seguro guia para a humanidade e o melhor remédio para todos os males da criatura humana. Eles se converteram; em vez de encontrar erros e tornar este livro desprezado por todos, hoje crêem nele e o recomendam altamente como o único grande Livro de origem divina. .
Apresento estes pensamentos introdutórios, para que vocês possam ter confiança nas profecias e possam saber com certeza o que acontecerá a nosso mundo. As profecias merecem mais fé que minhas opiniões ou de qualquer grande estadista, pois somos todos humanos e sujeitos a nos enganarmos. A profecia entretanto, tem saído ilesa dos ataques feitos a ela através dos séculos.
Notai o que S. Pedro disse durante o primeiro século de nossa era:
II S. Pedro 1:19 - Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em seus corações.
S. Pedro afirma que a profecia é como um forte farol que dispersa as trevas dos dias que estão no futuro. Nós não gostamos de viajar à noite em automóvel com faróis fracos, especialmente em estradas perigosas.
Que faz a luz do carro? Ela mostra o caminho a muitos metros de distância, e sabemos como conduzir o carro convenientemente. Assim é com a profecia. Ela projeta luz sobre o futuro e podemos ver a história do mundo com antecedência, e ajustar assim nossa conduta e filosofia de vida de maneira adequada.
A Profecia de Daniel
O profeta Daniel, 600 anos antes da era cristã, falando em nome do Criador do Universo, interpretou para o rei Nabucodonosor de Babilônia toda a história do mundo. Ele diz no verso 28 do segundo capítulo do livro que leva o seu nome:
Daniel 2: 28 - “mas existe um Deus nos céus que revela os mistérios. Ele mostrou ao rei Nabucodonosor o que acontecerá nos últimos dias”
Prezados amigos, Daniel nos diz aqui que Deus lhe fez saber, no interesse do rei de Babilônia, todos os principais eventos históricos que teriam lugar até o fim do tempo. Ele não atribui esta capacidade a si mesmo, pois continua dizendo nos versos 29 e 30:
Daniel 2:29 e 30 - “Quando estavas deitado, ó rei, tua mente se voltou para as coisas futuras, e aquele que revela os mistérios te mostrou o que vai acontecer. Quanto a mim, esse mistério não me foi revelado porque eu tenha mais sabedoria do que os outros homens, mas para que tu ó rei, saibas a interpretação e entendas o que passou pela tua mente.”
Vejamos como, por meio de símbolos, esta antiga documentação histórico-profética retrata dramaticamente o futuro do mundo.
Daniel 2:31-33 - “Tu olhaste, ó rei, e diante de ti estava uma grande estátua: uma estátua enorme, impressionante, e sua aparência era terrível. A cabeça da estátua era feita de ouro puro, o peito e o braço eram de prata, o ventre e os quadris eram de bronze, as pernas eram de ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro.”
O documento revela que o rei viu uma grande estátua, e explica que sua cabeça era de ouro, o peito e os braços de prata, o ventre de cobre, as pernas de ferro, e os pés de uma mistura de ferro e barro. A imagem começa com ouro, o mais cobiçado dos metais, sendo seguido pela prata, de menos valor, depois o cobre e ferro, dois metais inferiores, até que chega ao barro, de valor praticamente nulo. Ela representa uma evolução em reverso – começando com o mais precioso metal e degenerando gradualmente até chegar ao barro sem nenhum valor.
Os versos 34 e 35 continuam:
Daniel 2:34 e 35 - “Enquanto estavas observando, uma pedra soltou-se, sem auxílio de mãos, atingiu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmigalhou. Então o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram despedaçados, viraram pó, como o pó da debulha do trigo na eira durante o verão. O vento os levou sem deixar vestígio. Mas a pedra que atingiu a estátua tornou-se uma montanha e encheu a terra toda.”
De súbito, enquanto olhava a estátua, o rei viu uma enorme pedra que feriu os pés de ferro e barro da estátua. Tão forte foi o impacto que toda a estátua foi feita em pedaços e reduzida a pó.
Interessante! Sumariemos isto. A cabeça era de ouro, o peito e os braços de prata, o ventre de cobre, as pernas de ferro, e os pés de ferro misturado com barro, portanto, fundamento nada sólido para a imagem de ouro, prata, cobre e ferro.
Então ele viu uma grande rocha que feriu a imagem nos pés e a reduziu a pó, fazendo-a desaparecer, e a pedra que feriu a imagem encheu toda a Terra.
A Interpretação da Imagem
Babilônia
Leiamos a interpretação que Daniel deu na presença de Nabucodonosor, rei de Babilônia:
Daniel 2:36-38 - “Foi esse o sonho, e nós o interpretaremos para o rei. Tu, ó rei, és rei de reis. O Deus dos céus te tem dado domínio, poder, força e glória; nas tuas mãos ele colocou a humanidade, os animais selvagens e as aves do céu. Onde quer que vivam, ele fez de ti o governante deles todos. Tu és a cabeça de ouro.”
Nesse tempo Nabucodonosor reinava sobre todo o mundo conhecido. Babilônia foi um poder que exerceu domínio mundial desde 605-539 A. C.
A profecia revela apropriadamente que a cabeça de ouro era símbolo da nação babilônica. A cabeça de ouro indica também que Babilônia era rica. Nenhuma nação desde aquele tempo possuiu jamais tão vasto acúmulo de ouro. Quando a Pérsia conquistou Babilônia em 539 A. C., seu exército levou pelo menos um mês para levar todo o ouro que Babilônia possuía.
Mais tarde, quando os gregos sob Alexandre o Grande conquistaram a Medo-Pérsia, todo o exército foi ocupado por algum tempo em transportar o ouro para a Grécia. Séculos mais tarde esse ouro foi levado da Grécia para Roma.
Finalmente, quando Roma se desintegrou, surgiu Alarico, e em três dias saqueou o ouro da cidade, mas morreu subitamente quando transportava o tesouro conquistado. Alguns dos oficiais comandantes do seu exército mudaram o curso de um rio, e ordenaram a seus escravos que cavassem uma cova funda no leito do rio, onde enterraram todo o ouro. Então foi o rio de novo feito correr em seu leito original, e os escravos que haviam sido forçados a realizar o trabalho foram mortos, para que apenas dois ou três soubessem o local da fabulosa riqueza. Esse ouro jamais foi encontrado. Sim, a cobiça do ouro tem arruinado muitas nações bem como milhões de seres humanos.
Entretanto, o ouro tem tido muito que ver com o bem-estar e a prosperidade das nações. Durante o período que precedeu ao Renascimento, toda a Europa estava sob crise econômica em virtude da falta deste metal precioso. Foi Pizarro do Peru, e Cortês do México, que salvaram a Europa da bancarrota, pois saquearam os índios americanos do seu ouro e levaram-no para a Europa, a fim de alcançar-se o balanço da estrutura econômica.
Os restos mortais de Pizarro estão na Catedral de Lima, Peru. Ele morreu há mais de 400 anos. Ali está numa urna de vidro, reduzido a esqueleto com apenas um bocado de carne seca sobre si mesmo:
“Olhe para si, amigo, e veja como é pobre! O haver roubado os antigos índios incas não lhe salvou a vida.” Esta é a história do famoso ouro, e de todos os que vivem unicamente para conquistá-lo.
Nabucodonosor imaginava que o seu império devia permanecer para sempre. Supunha que havia construído um reino de fundamentos que resistiriam ao tempo, mas Deus predisse que seu grande império ruiria, transtornando os seus planos humanos imperfeitos.
Medo-Pérsia
Voltemos atrás e prossigamos na leitura da predição:
Daniel 2:39 - “Depois de ti surgirá um outro reino, inferior ao teu. Em seguida surgirá um terceiro reino, reino de bronze, que governará sobre toda a terra.”
Parafraseando, é como se ele houvesse dito a Nabucodonosor: “O teu reino não permanecerá; logo ele desaparecerá, dando lugar a outro.”
Este outro foi Medo-Pérsia. Dario e Ciro conquistaram Babilônia no ano 539 A. C., desviando o curso do Eufrates, que passava pelo centro da cidade, tornando assim possível ao exército penetrar sob os muros, entrando na cidade durante a noite, quando o rei e toda a cidade estavam entregues a uma grande orgia.
Com esta proeza, os medos e persas tornaram-se conquistadores do mundo, e são simbolizados pelo peito e braços de prata da estátua. Eles reinaram sobre 127 províncias do mundo (Esdras 1:1), mas, amigos, a profecia predisse que o segundo império mundial também falharia em dominar o mundo para sempre, e que um terceiro império se ergueria em seu lugar.
Grécia
No ano 331 A. C., Alexandre o Grande, discípulo de Aristóteles, jovem inteligente e grande guerreiro, se levantou com um pequeno mas bem treinado exército de 47.000 soldados e uma pequena cavalaria e marchou contra o exército medo-persa composto de um milhão de homens e o derrotou (na parte norte do que hoje é o Iraque). Esta foi a batalha de Arbelas.
Então os gregos, simbolizados pelo ventre de cobre, dominaram o mundo.
Roma
Mas nem os gregos deviam reinar sobre o mundo para sempre. Alexandre o Grande supôs que o seu império permaneceria. Ele pensava: “Não cometerei os mesmos erros que os reis de Babilônia e da Medo-Pérsia.”
Cria-se filho de Júpiter e irmão de Hércules, e entendia então que era tão sábio como um deus, e que estabeleceria um reino permanente. Mas que aconteceu? Com sua morte seu império se desintegrou gradualmente, sendo em seguida dividido em quatro reinos independentes.
Vejamos como a profecia continua:
Daniel 2:40 - “Finalmente, haverá um quarto reino, forte como o ferro, pois o ferro quebra e destrói tudo; e assim como o ferro a tudo despedaça, também ele destruirá e quebrará todos os outros.”
Mais tarde surgiram os romanos e no ano 168 A. C. derrotaram as tropas gregas na batalha de Pidna, na Macedônia, conquistando então, em poucos anos, o mundo conhecido daquele tempo. A predição divina afirma que Roma seria dura como ferro, quebrando em pedaços todas as nações, e calcando tudo sob seus pés.
Roma cumpriu a predição. Foi a nação mais tirânica e impiedosa que o mundo já conheceu. Dominou supremamente por mais de 600 anos, isto é, de 168 A. C. a 476 A. D.
Roma também pensava que haveria de reinar pelos séculos sem fim. Lembrem de que toda a sua história foi profetizada quase 600 anos antes de Cristo.
O grande Gibbon conhecido em todo o mundo como um dos melhores historiadores, completamente imparcial e digno de toda confiança, diz o seguinte de Roma, no volume III de sua obra Decline and Fall of the Roman Empire, pág. 634:
“As armas da República, algumas vezes vencidas em batalha, sempre vitoriosas na guerra, avançaram com passos rápidos sobre o Eufrates, o Danúbio, o Reno e o Oceano; e as imagens do ouro, da prata e do cobre, que serviram para representar as nações e seus reis, foram sucessivamente quebradas pela férrea monarquia de Roma.”
Gostaria de chamar a vossa atenção para o fato de que neste passo Gibbon menciona esta profecia em sua história, e reconhece também o seu cumprimento.
As Nações da Europa
Vejamos agora o que devia acontecer a Roma Ocidental, de acordo com a profecia. O verso seguinte reza :
Daniel 2:41 - “Como viste, os pés e os dedos eram em parte de barro e em parte de ferro. Isso quer dizer que esse será um reino dividido, mas ainda assim terá um pouco da força do ferro, embora tenhas visto ferro misturado com barro.”
Roma devia também desintegrar-se, e em seu lugar se levantariam tantas nações quantos são os dedos dos pés. E quantos são os dedos? Dez ao todo. Isto significa que Roma Ocidental devia ser dividida em dez nações independentes. Foi exatamente o que aconteceu.
No ano 331 os francos (França de hoje) tornaram-se independentes de Roma.
Também no mesmo ano os alamanes (Alemanha de hoje) se libertaram.
No ano 406 os burgúndios (Suíça de hoje) ficaram livres.
No mesmo ano os suevos alcançaram sua independência. São estes os portugueses de hoje.
No ano 408 os visigodos (conhecidos como espanhóis hoje) se libertaram de Roma.
No ano 449 os anglo-saxões (Inglaterra hoje) se emanciparam.
Os lombardos (parte da Itália de hoje) conquistaram sua liberdade no ano 483.
Pouco mais tarde os hérulos, os ostrogodos (parte da Áustria atual e da Iugoslávia) e os vândalos do norte da África tornaram-se independentes.
Formam eles exatamente um total de dez nações. Os dez dedos representam o mapa da Europa. São símbolo da Inglaterra, França, Alemanha, Iugoslávia, Áustria, Suíça, Espanha, Portugal, Itália e Hungria.
Estamos entrando agora no interessante quadro profético da Europa, que muito interessa hoje. Foi predito que algumas das nações da Europa seriam fortes como ferro, e outras fracas como barro, simbolizados pela mistura de ferro e barro nos dedos dos pés. E não é exatamente assim? Algumas nações são fortes e poderosas, como a Inglaterra, Alemanha e França, e noutro tempo também a Espanha, ao passo que outras são fracas como Portugal, militarmente falando, Áustria e Suíça. Isto não constitui maravilhoso cumprimento da profecia?
Vejamos o que revela o verso seguinte:
Daniel 2:43 - “Assim como os dedos eram em parte de ferro e em parte de barro, também esse reino será em parte forte e em parte frágil.”
Em harmonia com este texto foi predito, então, que essas nações da Europa procurariam unir-se, mas jamais o conseguiriam. Isto seria tão impossível como unir ferro e barro.
Considerem, meus prezados amigos, como na história das nações da Europa foram feitas tentativas de se formar uma Europa unida. Em outras palavras, uma ressurreição do Império Romano.
Carlos Magno (742-814) fez uma tentativa. Ele foi coroado rei do Santo Império Romano, mas falhou. Por quê? Porque a profecia tinha predito que “não se ligarão um ao outro.”
Carlos V (1500-1558), rei da Espanha e imperador da Alemanha, no décimo sexto século, também procurou unir todas essas nações num grande império, mas veio o fracasso justo quando o sucesso estava ao alcance de sua mão.
Prezados amigos, por que Carlos V falhou? Porque a profecia não falha jamais. Ele tentou o impossível. Não há poder humano que possa mudar a História, como esboçada na profecia. Depois do seu fracasso, ele se retirou para um mosteiro, vindo posteriormente a morrer desiludido.
Napoleão Bonaparte (1769-1821), posteriormente no 19º século, se levantou, e proclamou em 1811 a todo o mundo: “Dentro de cinco anos dominarei o mundo.” Deu ele então início a sua campanha para alcançar o seu objetivo.
Pareceu estar no auge do sucesso no Egito, e quase conquistou a Rússia, quando inesperadamente todo o seu programa foi arruinado na batalha de Waterloo (1815), e ele foi levado prisioneiro para a ilha de Santa Helena, onde morreu. Sabem o que ele confessou em seu exílio? “O Todo-Poderoso Deus é demasiado forte para mim.”
Prezados amigos, estas seis palavras da profecia: “Não se ligarão um ao outro,” dadas 600 anos antes de Cristo, cumpriram-se com maravilhosa precisão e foram também a causa da derrota de Napoleão. Se ele tivesse tido êxito, a profecia se teria provado inconsistente e mentirosa, não é verdade?
Através dos anos têm-se levantado homens tentando unificar a Europa, mas têm falhado miseravelmente. A profecia é mais poderosa do que todos os reis com os seus exércitos poderosos combinados. O homem não pode mudar o destino do mundo, como esboçado na Palavra profética.
No verso 43 outro ponto é exposto com força:
Daniel 2:43- “E, como viste, o ferro estava misturado com o barro. Isso quer dizer que se procurará fazer alianças políticas por meio de casamentos, mas essa união não se firmará, assim como o ferro não se mistura com o barro.”
Aqui a predição afirma que para alcançar a unidade da Europa, eles procurariam misturar-se “com semente humana” – uma expressão do Velho Testamento que em nosso tempo significa união intermatrimonial das famílias reais.
Tem acontecido isto? A falecida rainha Vitória da Inglaterra era mãe ou avó de todos os reis da Europa. Quando em 1914 foi declarada a Primeira Guerra Mundial, os reis da Espanha, Portugal, Itália, Dinamarca, Noruega, e de alguns Estalos balcânicos, eram todos parentes – irmãos, primos, tios, avós, etc. – todos enfim uma grande família. Príncipes e princesas às vezes se casaram com quem os respectivos governos sugeriram, numa tentativa de manterem a unidade internacional. Vocês sabem disto, pois é história recente.
Mas o que diz a Sagrada Escritura? (Daniel 2:43)
Em outras palavras, nem mesmo o casamento entre as casas reinantes poderia manter a Europa unida. Esta predição viu o seu cumprimento durante a Primeira Guerra Mundial, quando reis parentes lutaram uns contra os outros. No final do morticínio, quase todos os reis foram derrotados. Sim, foi um desmoronamento de leis por atacado. O Livro Sagrado profetizou 600 anos antes de Cristo que este artifício não seria capaz de manter a unidade européia. Foi isto cumprido?
Quantos crêem que toda a cadeia profética tem sido cumprida até agora? Não o podemos negar. Todos que estudam História sabem que ela tem seguido um curso em exata conformidade com as profecias. Esta profecia que abrange 2.500 anos tem alcançado agora o século vinte e um. O seu cumprimento é notavelmente claro até aqui, não é verdade?
Que nos Aguarda no Futuro Próximo?
Quantos gostariam de saber o que deverá acontecer logo na presente Europa turbulenta? Não se aborreçam comigo, pois não darei a minha própria opinião, mas a dAquele que fez a predição.
Não faz muito um cavalheiro comentando favoravelmente a palestra que ouviu sobre este tema, disse o seguinte:
“Minha impressão sobre o assunto é que haverá uma Terceira Guerra Mundial, quando um imenso número de vidas se perderá, continentes serão desolados e nações destruídas. Poucos somente sobreviverão. O velho Continente Europeu sofrerá as maiores conseqüências.
“Depois desta mortandade, a África se erguerá como um Continente fértil e próspero, pois existem grandes recursos minerais não usados ainda. A Austrália será conselheira do mundo, ao passo que as Américas do Norte e do Sul serão as vanguardeiras na promoção do novo progresso. Haverá então entre os homens uma compreensão que será longa e proveitosa. Mas antes que isto possa acontecer, haverá pranto e ranger de dentes entre as nações do mundo.”
Este cavalheiro crê que a África e a América hão de governar o mundo. A América já está liderando, com os Estados Unidos à frente. Sim, também a América Latina já está fazendo sentir sua influência no mundo.
Estou de pleno acordo com este cavalheiro, em que a Europa está em decadência. Mas este amigo crê que no futuro haverá muita paz e tranqüilidade com a África, a Austrália e a América regendo as nações, mas ele não pode provar sua filosofia.
Há outros que crêem firmemente que os EUA dominarão o mundo dentro de pouco tempo. Sabemos que a espada de Dâmocles está pendente sobre o mundo. Mas o que acontecerá de definido?
Notem o que foi predito pelo autor desta cadeia profética. O propósito da profecia é proteger o homem do engano de falsas esperanças quanto ao curso da história das nações; é capacitá-lo a construir sua vida privada e de família, bem como sua carreira, numa base segura em harmonia com o tempo em que vive, e dar-lhe uma idéia clara de como virá a paz real ao mundo. As palavras proféticas são mais fortes do que todos os homens e os exércitos reunidos.
Agora, não se surpreendam na leitura do que logo acontecerá a nossa vacilante civilização, em harmonia com o que diz a previsão profética que estamos estudando.
Lembrem-se outra vez, prezados amigos, antes que eu leia a predição seguinte, que a história do mundo nos últimos 2.500 anos, até o século vinte, foi exatamente o que fora predito, quer queiramos quer não.
Quantos de vocês desejam saber o que logo sucederá a este mundo? Por favor, atentem solenemente:
Daniel 2:44-45 - “Na época desses reis, o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído e que nunca será dominado por nenhum outro povo. Destruirá todos esses reinos e os exterminará, mas esse reino durará para sempre. Esse é o significado da visão da pedra que se soltou de uma montanha, sem auxílio de mãos, pedra que esmigalhou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro.”
Analisando imparcialmente os eventos da história contemporânea e as nações com seus conflitos filosóficos na forma de governos, seus desentendimentos, avareza, injustiças, rancores, ódios e inveja, chegamos à conclusão de que é necessário um super-homem para libertar este mundo dos embaraços que o envolvem. Esse super-homem, referido nesta predição como “uma Pedra cortada sem mãos” é o único que pode pôr ordem no presente caos, exterminar o mal pela raiz, e restaurar a felicidade eterna. Esta pedra é Cristo.
Este acontecimento é comumente chamado “fim do mundo.” Ele indica o fim do mundo de rebelião, sofrimento e morte. A intervenção divina do destino do mundo irá restaurar a felicidade eterna no interesse de todos os que confiam no plano do Criador para redimir o mundo. Eles mostrarão que crêem, vivendo em harmonia com a lei moral, demonstrando assim sua submissão ao governo de Deus.
Este sublime evento terá lugar, de acordo com a profecia do Apocalipse, em meio de uma futura guerra que terá certas características. Leiamos esta predição, escrita cerca do ano 90 A. D., no livro de Apocalipse:
Apocalipse 16:12-16 - “O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates, e secaram-se as suas águas para que fosse preparado o caminho para os reis que vêm do Oriente. Então vi saírem da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs. São espíritos de demônios que realizam sinais miraculosos; eles vão aos reis de todo o mundo, a fim de reuni-los para a batalha do grande dia do Deus todo-poderoso. ”Eis que venho como ladrão! Feliz aquele que permanece vigilante e conserva consigo as suas vestes, para que não ande nu e não seja vista a sua vergonha”. Então os três espíritos os reuniram no lugar que, em hebraico, é chamado Armagedom.”
Esta predição está se referindo a uma guerra ainda no futuro, a última guerra, uma guerra mundial total que culminará com a intervenção de Deus no destino do mundo. Diariamente os jornais nos levam a ver como o dia deste portentoso e solene acontecimento se aproxima a passos de gigante.
Em certo país, depois da conferência sobre este assunto, um homem que era professor de direito e também juiz, veio ao evangelista, dizendo: “Sou um diligente estudante da História. Estou pasmado em ver a harmonia que existe entre a profecia e os fatos históricos, Reconheço que a presente situação do mundo é de desespero de todos os pontos de vista; mas não há nenhuma solução humana a caminho de resolver o problema da sobrevivência de nossa civilização?”
O conferencista respondeu que se existisse solução humana, teria sido predita. Mas o Criador predisse Sua própria intervenção nos destinos da humanidade como única saída. O professor baixou a cabeça e permaneceu calado por uns momentos. Então o evangelista disse:
“Caro amigo, por que não estima a solução que a profecia predisse para o mundo?” Ele replicou: “Não aprecio a idéia de que Deus tenha de pôr Sua mão nos negócios do mundo. Nós mesmos devíamos ter a solução. Deus tem muitas outras coisas que atender em Seu grande universo, e não devíamos importuná-Lo com nossos problemas.
Respondeu o evangelista: “Não haverá nenhuma outra solução. Se existisse outra em nosso tempo turbulento, a profecia teria claramente indicado. Teria sido predito que durante este século se levantaria outro poder com certas características que solucionaria os problemas do mundo. Ou então a profecia teria indicado que depois do tumultuoso presente, as nações, graças a uma nova compreensão, viveriam juntas pacífica e democraticamente. Ou se a igreja, mediante sua influência cristã, pudesse converter o mundo a uma era pacífica no futuro, isto teria sido predito. Mas a profecia não diz coisa semelhante, o que ela diz é que Deus intervirá nos destinos do mundo como a única solução para os seus problemas.”
Sumário
Deus diz agora, na presente conjuntura da História, indicada como “nos dias destes reis,” “como um ladrão de noite,” ou como expressaríamos hoje, numa hora não predita, dar-se-á a intervenção divina. Toda pessoa pensante que não abriga preconceitos sente que a previsão profética constitui a única, real e lógica solução; e a não ser assim a civilização cavaria sua própria sepultura.
Ora, se todas essas profecias passadas tiveram seu acurado. cumprimento através de 2.500 anos de História, este evento também será cumprido no seu devido tempo. Deus é infalível. Com esta longa cadeia de profecias Ele nos deu a prova de Sua onisciência, poder e verdade.
Temos visto que as profecias de Deus são mais fortes do que a vontade de homens como Carlos Magno, Carlos V, Napoleão, Hitler, e outros, com todo o seu poder bélico. Alguns procuraram alterar e modelar o curso da História do mundo contrariamente à predição divina, mas não tiveram êxito. Não há poder na Terra que possa quebrar ou anular a predição divina.
Mesmo hoje, certos governantes estão empenhados em forjar um mundo diferente em harmonia com seus próprios desejos e filosofia, negando e desprezando a intervenção da mão de Deus na História. A profecia indica claramente que os EUA não dominarão o mundo, nem outra potência qualquer o fará. Indica também da maneira mais clara que as nações da Europa jamais formarão um bloco que seja permanentemente unido para o estabelecimento da paz. Isto é impossível como impossível é o barro e o ferro se misturarem.
A única solução, o único remédio, é a intervenção do Grande Mestre no destino da humanidade. Conforme antigas predições, esta intervenção dar-se-á em meio de um choque entre dois campos de ideologias irreconciliáveis – um choque em que cada país do globo tomará parte ativa, de um lado ou de outro.
A verdade e garantia das Sagradas Escrituras são também ratificadas pelo exato cumprimento das profecias que acabamos de expor.
Neste tempo devemos orar mais intensamente cada dia a oração do Senhor, sobretudo na parte que diz: “Venha o Teu reino.” Neste eterno reino toda nobre aspiração será realizada. Nesse reino não haverá mais fim de tempo e de espaço. Será ele um reino universal. Toda coisa má deste presente mundo passará. A única coisa verdadeiramente digna pela qual viver agora é a conquista do lar eterno. Estão de acordo comigo?
Anos atrás, na cidade de Filadélfia, vivia um casal que tivera um único filho, isto é, uma graciosa e preciosa menina. Nela concentraram todo o seu amor. Depois de alguns anos a vista da criança começou a falhar, e a despeito de todo recurso médico, ela foi ficando gradualmente cega, até perder completamente a visão.
O pai neglignciou os negócios e devotou todo o seu tempo na busca de um médico que fosse capaz de restaurar a vista à sua querida filhinha. Então, com o coração pesado, viajaram os três através do Atlântico para a Inglaterra, e posteriormente para a Alemanha, França Itália em busca do melhor especialista de olhos. Gastaram tudo que tinham na tentativa de restituir a vista à filha, mas foi em vão.
Afinal sem um tostão e com o coração partido, voltaram à Filadélfia. Poucos meses depois de sua chegada, alguém lhes falou de um especialista que talvez pudesse devolver a vista à criança. Imediatamente chamaram o médico. Depois de examiná-la, ele disse: “Há uma possibilidade em mil, mas vau fazer o melhor que puder.”
O médico começou o tratamento imediatamente, e depois de alguns meses decidiu operar. Alguns dias mais tarde ele disse aos pais que em determinado dia iria remover a faixa. A última esperança estava concentrada nesse momento de “suspense.”
Vocês podem imaginar quão ansiosamente os pais esperavam o momento decisivo que determinaria se sua filhinha voltaria a ver ou não. Finalmente a manhã do grande dia chegou. Eles estavam assentados na sala de estar – uma pequena menina, sua mãe e seu pai, o médico e a enfermeira. Era uma bela manhã de primavera, e a mãe havia decorado a sala com belas folhagens e flores. A janela foi amplamente aberta e o Sol iluminou a sala com seus cálidos raios. Fora os pássaros estavam cantando nas árvores. O médico começou a remover a longa atadura, até que finalmente os olhos da criança ficaram completamente livres.
Ela permaneceu imóvel por uns momentos, e subitamente uma tocante expressão transformou sua bela face, e estendendo os braços exclamou: “Oh, mamãe, isto é o Céu ?” Podem imaginar o gozo dos pais e a satisfação do médico.
Meus queridos amigos, algum dia seus olhos serão abertos e, é nosso desejo, em harmonia com as profecias, que vocês desfrutem as belezas daquela Terra melhor, onde não mais haverá guerras, nem dor, nem sofrimento e nem morte, e onde a justiça reinará, e os nobres desejos de todo ser humano, originalmente criado segundo a imagem de Deus, serão realizados e a felicidade será eterna.
Quando contemplarmos as belezas daquela Terra melhor, e sobretudo, quando olharmos na face da grande Rocha, nosso amado Mestre, todos exclamaremos: “Isto é o Céu!”
Pr. Walter Schubert